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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Parlamento dos Açores saúda luta pelos Direitos Humanos da marcha LGBT de Ponta Delgada

Parlamento dos Açores saúda luta pelos Direitos Humanos da marcha LGBT de Ponta Delgada
Horta, 11 set (Lusa) - O parlamento dos Açores aprovou hoje um voto de saudação à marcha LGBT que decorreu a 30 de agosto em Ponta Delgada, sublinhando que esta é uma "questão de Direitos Humanos".
O voto foi proposto pelo Bloco de Esquerda e votado favoravelmente por todos os partidos à exceção do PSD, que se absteve, o que originou algumas críticas.
A marcha LGBT, organizada pela associação Pride Azores, procurou "retirar os açorianos e as açorianas gay, lésbicas, bissexuais e transexuais da invisibilidade", lê-se no texto aprovado pelo plenário.
"O preconceito e a discriminação existem, nos seus mais diversos graus, só ocultados pela invisibilidade social das suas vítimas, pelo que qualquer manifestação é, também, um meio de combater ambos. Por isso, a desvalorização da importância da referida visibilidade é, também ela, uma forma de cumplicidade com o preconceito e a descriminação", acrescenta.
A terceira edição da marcha LGBT dos Açores mobilizou pouco mais de dez pessoas, menos do que nos anos anteriores, o que a organização atribuiu a "pressões" para um regresso "ao armário" na região, depois da visibilidade que as primeiras manifestações deram à causa.
"Qualquer iniciativa, tenha dez pessoas, tenha duas pessoas, tenha 20 ou 15, qualquer iniciativa que promova uma discussão aberta, desempoeirada e que permita e garanta uma evolução da nossa sociedade e de mentalidades na nossa sociedade será sempre positiva e para a qual os agentes do sistema política devem contribuir", disse o deputado Berto Messias, líder da bancada do PS, que tem maioria absoluta no parlamento açoriano.
O PS sublinhou a importância de qualquer combate à descriminação e a "qualquer tipo de perseguição".
O PSD foi a única bancada que não votou a favor do texto, optando pela abstenção.
"Os deputados do PSD respeitam, por princípio, a liberdade de os cidadãos se manifestarem sobre as suas opções de vida e orientação, mas se em cada momento formos a saudar uma manifestação, sobre o tipo de organização e sobre o tipo de orientação, o parlamento está aqui a tomar uma posição", justificou o deputado social-democrata António Ventura.
Zuraida Soares, do BE, considerou que "não é possível um cidadão de pleno direito, sobretudo com responsabilidades políticas, abster-se no combate pelos direitos humanos e um mundo onde a não descriminação seja a palavra de ordem".
"Não há abstenção para um responsável político quando a luta pelos Direitos Humanos está em causa", sublinhou.
Ainda durante esta manhã, o plenário açoriano chumbou um voto de protesto, apresentado pelo PSD, por causa do cancelamento de uma ligação de um barco de passageiros à Graciosa na semana passada.
O PSD defendeu que não havia motivos de ordem atmosférica para esse cancelamento, mas PS, BE, CDS-PP e PCP sublinharam que essa é uma decisão técnica, que cabe apenas ao comandante do navio, e votaram contra.
 
MP // JLG
 
Lusa/Fim
 

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